Nesta semana acontece na Catedral de Nossa Senhora da Piedade, a Festa do Divino Espírito Santo. Como em todos os anos, os festeiros escolhidos pelo padre Rivelino Nogueira trabalharam nos preparativos para a festa durante todo o ano de 2010. Neste ano a novidade são as barraquinhas que vendem quentão, vinho quente, cachorro-quente, pastéis, canjica e terá até música ao vivo com o cantor sertanejo Zé do Campo ( da Canção Nova).
Estiveram presentes celebrando as missas, Dom Joaquim (bispo auxiliar de São Paulo) que falou sobre o “amor caracteriza o dom: Que é doar? Dom Matias (do Mosteiro de São Paulo) que falou sobre o “Espírito Santo: Dom de Deus”, Padre Lázaro Antonio Rodrigues ( da Catedral de Nossa Senhora da Piedade) que falou sobre “ os sete dons do Espírito Santo: Dinamismo de Deus em nós”, Monsenhor Luis Carlos Barbosa: “que vem a ser os dons?”Padre Carlos Arthur: “Deus em nós”. Ainda estará presentes padre Dorival Aparecido de Moraes: “a graça opera por meio de virtudes”, Dom Benedito Beni dos Santos (Bispo da Diocese de Lorena): “os dons são dados em ajuda as virtudes”.
No sábado o celebrante será Monsenhor José Benedito Barbosa: “para dizer-se perfeita uma virtude deve receber a correção do Dom corretivo, e no domingo a missa da festa será celebrada por Dom Fernando Legal : “O Espírito Santo Dom de Deus”.
O encerramento da novena será com a procissão às 17 horas e em seguida com a missa celebrada às 18horas pelo Pe. Rivelino Nogueira, Cura da Catedral de Nossa Senhora da Piedade.
A origem remonta às celebrações religiosas realizadas em Portugal a partir do século XIV, nas quais a terceira pessoa da Santíssima Trindade era festejada com banquetes coletivos designados de “Bodo” aos Pobres com distribuição de comida e esmolas. Essas celebrações aconteciam cinquenta dias após a Páscoa, comemorando o dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo desceu do céu sobre os apóstolos de Cristo sob a forma de línguas como de fogo, segundo conta o Novo Testamento.
Desde seus primórdios, os festejos do Divino, realizados na época das primeiras colheitas no calendário agrícola do hemisfério norte, são marcados pela esperança na chegada de uma nova era para o mundo dos homens, com igualdade, prosperidade e abundância para todos.
Em Lorena a tradicional Festa do Espírito Santo acontece com o soretio das 7 (sete) bandeiras pequenas do Espírito Santo e com o sorteio da bandeira grande. As pessoas contempladas levam às bandeiras para a casa para rezarem e fazerem as homenagens ao Espírito Santo e trazem no dia sguinte. No carro em que ficam as bandeiras tem uma coroa.
Esta coroa tem uma história interessante desconhecida por muitos. Em Portugal a população pobre sempre estava presente nas cerimônias e então, o mais pobre foi convidado a ocupar o lugar do rei, no trono da capela-mor. O pobre ajoelhou-se e o bispo colocou-lhe sobre a cabeça a coroa real, enquanto o povo cantava o hino: "Vinde Espírito Criador". Nos anos seguintes, com autorização do rei, mandou-se fazer coroas iguais à coroa do rei e em toda Portugal e colônias e no dia de Pentecostes as cerimônias eram iguais em todos os lugares, inclusive o Brasil e principalmente Lorena que foi colonizada por um bandeirante português muito devoto de Nossa Senhora da Piedade.
Adriana Borges (PASCOM- Catedral Nossa Senhora da Piedade)
